IGREJA PENTENCOSTAL DEUS VIVO COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE
Texto: I Timóteo
3.14,15
“Escrevo essas coisas a você, esperando ir vê-lo logo.
Mas, se eu demorar, esta carta vai lhe dizer como devemos agir na família de
Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é a coluna e o alicerce da verdade”.(1
Timóteo 3:14-15, Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
“Estas coisas te escrevo, ainda que espero em breve ir ter
convosco; mas se eu tardar, para que saibas como se deve proceder na casa de
Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e apoio da verdade” (Tradução
Brasileira)
I. INTRODUÇÃO
Aqui temos o resumo do propósito da Primeira carta de
Paulo escrita a Timóteo. O apóstolo Paulo está preocupado com o procedimento dos
crentes dentro da igreja. Sabia dos perigos que a igreja corria. Seriam os
mesmos perigos de hoje?
II. DESENVOLVIMENTO
- Contexto histórico.
Paulo está de viagem rumo à
Macedônia, e pede que Timóteo permaneça em Éfeso (1 Tm 1.3). Paulo encontra-se então na sua terceira vagem
missionária, na cidade de Éfeso (At 19.1). Dali partiria para a Macedônia (At
20.1). Mas antes, há um grande alvoroço na cidade: os ourives sentem-se
prejudicados com a pregação antiidolatria de Paulo (At 19.23 – 27). Os cidadãos,
consternados começam a clamar “grande é a Diana dos efésios” (At 19.28). Correm
ao teatro, e tiram Gaio e Aristarco (At 19.29, também mencionados em Rm 16.23; 1
Co 1.14; Cl 4.10; Fm 24; 3 Jo 1). Ali, Paulo tenta se explicar à multidão, mas
os discípulos não permitem, temendo pela sua integridade (At 19.30 – 32).
Alexandre estava entre a multidão, e quando foi identificado como judeu, a
multidão continuou a gritar pelo espaço de quase duas horas que “grande é a
Diana dos efésios”(At 19.33,34). O tumulto somente cessou com o escrivão da
cidade (At 19.35 – 41).
- O que Paulo
concluiu? O tumulto em Éfeso fez com
que Paulo entendesse que ninguém estava se importando com a verdade. Os
habitantes apenas se orgulhavam de serem os guardiões do templo da deusa Diana
(At 19.35), e os ourives apenas preocupados com o prejuízo que acarretaria
deixar de vender nichos da deusa (At 19.24,25). Os homens estavam se fazendo
surdos diante da mensagem da verdade. Os habitantes, ao perceberem que Alexandre
era um judeu – também contrário ao uso de imagens – exerceram uma grande
pressão, pronunciando por quase duas horas o nome da deusa. Parece que Alexandre
não resistiu, e resolveu juntar-se à opinião da maioria, pelo que foi reprovado
pelo apóstolo posteriormente (1 Tm 1.20; 2 Tm 4.14). Se ninguém estava se
importando com a verdade, aonde ela estaria resguardada? Tão somente na
Igreja.
- Definindo a
Igreja. Primeiramente, compara a
igreja à “casa de Deus” (oi;koj
qeou/), ou melhor, “família de Deus”. Os
membros da igreja devem relacionar-se entre si como membros de uma família. A
mesma expressão aparece em Mt 12.4, Mc 2.26 e Lc 6.4 com relação ao templo de
Jerusalém, o que possivelmente ocorre também em Hb 10.21. Em 1 Pe 4.17,
possivelmente a expressão também trata a igreja como uma família. Ela também é
definida como:
Ø Coluna, pilar (stu/loj)
da verdade. Este vocábulo aparece no Novo Testamento em Gl 2.9, qualificando
Tiago, Cefas (Pedro) e João como colunas (ou seja, líderes) na Igreja primitiva;
em Ap 3.12 dando o privilégio aos que perseverarem em se tornarem colunas no
templo de Deus, e em Ap 10.1 referindo-se a colunas de fogo, pilares de fogo. Na
Septuaginta o termo remete automaticamente à coluna de fogo que guiava o povo no
deserto (Êx 13.21,22; 14.24; Nm 14.14; Ne 9.12,19), as colunas do tabernáculo
(Êx 26.15ss) e do templo erigido por Salomão (1 Rs 7.3ss), além do templo
descrito por Ezequiel (Ez 40.49; 42.6). A mensagem é clara: da mesma forma que o
Tabernáculo no deserto e o templo de Salomão necessitavam de colunas que os
sustentassem, sendo locais de manifestação da glória divina, a verdade na época
de Paulo é mantida pela igreja. A palavra ainda descreve coluna de uma grande
resistência, para suportar o peso de uma grande construção. A igreja deve ser
forte nas defesa da verdade!
Ø Suporte, alicerce, baluarte, aquilo que dá firmeza
(e`drai,wma) da verdade. O termo não aparece em outro lugar no
Novo Testamento, e não aparece na Septuaginta. Também pode ser traduzido como
fundação, base de uma construção. Não só a igreja defende a verdade, como é a
base desta verdade. Ou seja, a verdade encontra-se na igreja, e
não em outro lugar. O vocábulo avlh,qeia torna-se na
fraseologia joanina sinônimo da própria revelação trazida por Jesus (Jo 1:14,17;
3:21; 4:23,24; 5:33; 8:32,40,44,45,4; 14:6,17; 15:26; 16:7,13; 17:17,19;
18:37,3; 1 Jo 1:6,8; 2:4,21; 3:18,19; 4:6; 5:6; 2 Jo vv. 1 – 4; 3 Jo 1,3,4,8,12).
III. CONCLUSÃO
Nestes tempos difíceis, nos
quais os valores morais não encontram defensores à altura, resta à humanidade o
refúgio da igreja genuína, que ainda é a única a defender a verdade a despeito
dos modismos.
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